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Medo versus Antimilitarismo em Ação

22/11/2010

[Foram três as entidades que montaram o circo mediático de legitimação da Cimeira da Nato em Lisboa: as altas-esferas políticas; a Polícia e os seus vários serviços; e os Media de Informação de Massa.
O ataque preventivo começou cedo. Ataque preventivo na rua, em Lisboa, ataque preventivo nos/dos Media contra os black block, ataque preventivo nas fronteiras.
O antimilitarismo esteve presente, através da Contra Cimeira, das Acções Directas Não Violentas Internacionais, através da Desobediência Civil, pela emergência de Grupos anti-Guerra, anti-Nato portugueses (PAGAN e C.A.G.A).
A linha clara entre um nacionalismo balofo e decadente de uma esquerda, anquilosada e fascizante, e um antimilitarismo internacionalista pujante é, sem dúvida, uma das consequências da preparação e realização das actuais Acções anti-Nato, em Portugal]

O ataque preventivo começou cedo. Ataque preventivo na rua, em Lisboa, ataque preventivo nos/dos Media contra os black block,ataque preventivo nas fronteiras.
Desta vez, a tripla entente (Estado-Guerra, polícia e Media) não precisou de polícia infiltrada, para isolar o adversário, para desviar a atenção dos 35 mil mortos civis afegãos, os torturados, o horror, o ódio, o terror espalhado pela Nato, pelo repúdio da nossa intervenção no Afeganistão.
Tinham a voz de comando do PCP: a farsa dos B.B (barbies big-brother), a psicose colectiva instigada na TV por Estado-Guerra, Polícia e Media, passava a ter a sua realidade na manifestação contra a Cimeira da Nato.
O facto da organização desta manifestação ter mostrado, previamente, um sectarismo absoluto tendo, inclusivé, em comunicado público, considerando a Pagan, Plataforma anti-guerra, anti-Nato, portuguesa, e todas as organizações internacionais antimilitaristas e pacifistas personas não gratas nesta manifestação, revela até que ponto o nacionalismo reacionário desta esquerda chegou. A polícia cumpriu o papel que um estado cada vez mais militarizado e policial lhe reservou.
A intervenção policial deu-se a pedido dos organizadores da manifestação quando mais de duas centenas de pessoas pretendiam integrar o protesto. A polícia, fortemente armada, cercou o grupo na cauda do cortejo. O que a organização da manifestação fez,
submetida à lógica centralista e autoritária do PCP, foi ilegal,
ilegítimo e, sobretudo, um ultraje.
As Acções Directas não Violentas realizadas pelo C.A.G.A (Contra a Guerra Age!) e por este grupo integrando uma Acção Directa Não Violenta Internacional, no bloqueio de acesso à Cimeira, em Cabo Ruivo, fortemente reprimida com a prisão de 42 activistas, tiveram uma resposta exemplar através da desobediência civil e das concentrações e manifestações de repúdio. A linha clara entre um nacionalismo balofo e decadente de uma esquerda, anquilosada e fascizante, e um antimilitarismo internacionalista pujante é, sem dúvida, uma das consequências da preparação e realização da Contra Cimeira e das actuais Acções anti-Nato, em Portugal.

Emília Cerqueira (Colectivo Indymedia de Portugal e Pagan, PLataforma anti-Guerra, Anti-Nato)

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