PS/PSD/CDS-PP chumbam voto de protesto do PEV contra a Cimeira da NATO

Por Redacção
A Assembleia da República chumbou, com os votos de PS, PSD e CDS-PP, o voto de protesto proposto pelo PEV contra a realização da cimeira da NATO em Lisboa, nos próximos dias 19 e 20 de Novembro.
Da parte do PS, Miranda Calha sublinhou a importância da reunião da NATO para a definição de respostas contra o «terrorismo, que é uma ameaça à paz e à convivência entre os povos». Já o PSD, pela voz de Pacheco Pereira, mostrou-se «honrado» pelo facto de «ser em Lisboa que se vai realizar uma cimeira muito importante». Também o CDS-PP, através de João Rebelo, não escondeu a «honra e orgulho» com a escolha da capital portuguesa para cenário da reunião.
À esquerda, a reunião da Aliança Atlântica é encarada de forma diferente. Para o PEV, a NATO «pretende, com o novo conceito estratégico, alargar o campo de intervenção e os seus pretextos e garantir maior facilidade para desencadear acções». O deputado José Luís Ferreira criticou ainda a «postura e conivência do Governo português, ao não promover um debate nacional sobre as graves consequências de associar o país a esta escalada belicista». Do lado do BE, José Manuel Pureza considerou que o novo conceito estratégico da NATO vai reforçar a militarização do mundo e criticou o investimento de cinco milhões de euros que «o ministério da Administração Interna se propõe fazer» a propósito da cimeira. Quanto ao PCP, considera, segundo as palavras da deputada Paula Santos, que a «realização da cimeira da NATO em Lisboa associa o nosso país a uma nova escalada de agressão contra os povos e colide com os princípios constitucionais que regem as relações internacionais de Portugal».