COMUNICADO DA PLATAFORMA ANTI-GUERRA ANTI-NATO: PORTUGAL NO AFEGANISTÃO
Partem mais 175 militares portugueses para o Afeganistão, para combater numa guerra alheia e defender interesses alheios, por conta dos € 230 que cada um de nós paga para as forças armadas. Guerra para mais perdida, apesar dos recursos lá enterrados, dos crimes e das promessas de vitória. A troco de um salário, os soldados das forças submissas à NATO são usados por uma máquina imperial movida pelos interesses que os EUA e as multinacionais têm nos recursos energéticos e geo- estratégicos daquela região.
Em tempo de crise, de desemprego e de contenção, o Estado português dá-se ao luxo de aumentar em 15% as despesas militares, com a compra de submarinos, carros de combate e a contratação de mais polícias de choque. Como bom lacaio e anfitrião, o Estado português receberá em Novembro uma cimeira da NATO com o objectivo de aprovar um “novo conceito estratégico”, que alargará dramaticamente os poderes desta organização que, apesar de caduca, se torna cada vez mais agressiva e actuando em roda livre, sem fronteiras. Cabe aos portugueses questionar a existência de uma NATO que é, afinal, a responsável pela maioria dos conflitos bélicos no planeta. Que contributo, que mensagem e que herança devem dar os portugueses para o retrato do mundo em que vivemos?
A guerra do Afeganistão está também em Portugal, como em todos os países de onde partem soldados e civis militarizados e deve, por isso, ser contestada e travada também a partir daqui. Não queremos contribuir para a manutenção da barbárie de uma civilização que se alimenta da ocupação de outros territórios, que pratica o saque e espalha a morte entre outros povos.
Em Portugal, no Afeganistão e em toda a parte: NÃO À GUERRA, EXTINÇÃO DA NATO!