Decisão sobre comando da NATO em Oeiras nunca antes de Novembro
Dores de cabeça para Sócrates e os generais que, depois das Lajes vêem periclitante a presença de instalações militares da Nato em Portugal. As prioridades da criminosa instituição estão no Leste, no Médio Oriente e na Ásia Central e Portugal não tem relevância nesse contexto
Secretário-geral da aliança garante que decisão só será depois da cimeira.
Luisa Meireles, em Bruxelas (www.expresso.pt)
15:40 Segunda-feira, 28 de Junho de 2010 |
O secretário-geral da NATO garantiu hoje que a re-estruturação de comandos da organização não será discutida durante a cimeira da Aliança, prevista para Novembro, em Lisboa, afastando assim os rumores de que pudesse ter sido tomada alguma decisão sobre o comando de Oeiras.
“Não vamos discutir na cimeira a geografia dos comandos”, disse Anders Fogh Rasmussen a um grupo de jornalistas portugueses que visitam a sede da organização, em Bruxelas, nas véspera da sua visita a Portugal, na próxima sexta-feira.
Segundo afirmou, a “cimeira decidira sobre os princípios” e, depois, a decisão sobre os novos comandos será tomada posteriormente. Será então que se poderá discutir a manutenção do quartel general em Oeiras, que tem vindo a ser questionada.
Fontes da organização dizem que, neste momento, esta tudo em aberto e que “qualquer dos 12 comandos atualmente existentes” poderá vir a ser eliminado.
No principio deste mês, foi criado um grupo de trabalho constituído por representantes dos 28 países membros, que devera apresentar uma proposta de re-estruturação em setembro. A proposta será discutida na reunião dos ministros dos Negócios Estrangeiros e da Defesa, marcada para 14 de outubro.
Sobre o conceito estratégico, Rasmussen disse que tenciona elaborar uma proposta de texto final durante o Verão, para a apresentar a discussão em Setembro. Mas, disse, “existe desde já uma base sólida, que é o relatório de peritos”, presidido pela ex-secretaria de Estado Madeleine Albright, e que foi apresentado publicamente em Maio.
E a primeira vez que Anders Fogh Rasmussen, nomeado secretário-geral no ano passado, visita Portugal “para consultas”. Rasmussen encontrar-se-á com o primeiro-ministro, os ministros dos Negocios EStrangeiros e da Defesa e ainda o presidente da Assembleia.
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