Por influência dos EUA, a ONU impõe sanções à Eritreia
Talvez esta questão tenha a ver com o bombardeamento americano no Yemen na semana passada. Que se está a preparar para a entrada do Mar Vermelho? Estarão a aproximar-se ventos de guerra em local onde passa todo o comércio entre a Europa e a Ásia?
Para se entender esta atitude da ONU, proposta pelos EUA deverá ter-se em conta:
A Eritreia tem um conflito que dura desde 1998 com a Etiópia, aliada dos EUA, por conta de quem invadiu a Somália poucos anos atrás, para derrubar o governo dos Tribunais Islâmicos e repor o poder dos senhores da guerra. Como a resistência somali obrigou os etíopes a retirar, os EUA ficaram apenas com o precário apoio do governo do Karzai local.
A Eritreia é um país pobre e não tem fronteira com a Somália. Por terra, o percurso entre os dois países atravessa a Etiópia e o Djibouti.
A Etiópia, decerto não iria colaborar com o inimigo eritreu para fornecer de armas o seu inimigo somali, numa longa viagem por território etíope.
Djibouti é um pequeno país, ligeiramente a sul do Bab el Mandeb (a entrada sul do mar Vermelho) e por isso alberga duas bases militares ocidentais: Colonel Massart, base aérea francesa e a de Camp Lemonier, americana, vocacionada para o controlo do Corno de África. Esta presença, garante não ser através do Djibouti que a Eritreia abasteceria os resistentes somalis; e não é credível que um fluxo importante de armas se desenvolvesse, por via marítima entre a Eritreia e a Somália, nas barbas de americanos e franceses. (comentário VL)
De acordo com notícia do Democracy Now de 23/12…
En noticias desde África, el Consejo de Seguridad de Naciones Unidas ha sancionado a Eritrea tras las acusaciones que recibiera este país de proveer financiación y armas a militantes en Somalia. Eritrea se ha convertido en el primer país sujeto a sanciones de Naciones Unidas desde que Irán fuera sancionado en 2006. El embajador somalí para Naciones Unidas, Elmi Ahmed Duale, elogió la votación de la ONU. Elmi Ahmed Duale afirmó: “Uno, Eritrea ha otorgado refugio y seguridad a conocidos terroristas, rebeldes, malhechores y violadores de los derechos humanos cuyo propósito ha sido desestabilizar a Somalia. Estos mismos grupos han cometido crímenes contra la humanidad y crímenes contra el pueblo somalí. Dos, Eritrea ha financiado y facilitado el flujo de armas y recursos para extremistas y terroristas en Somalia”. El embajador de Eritrea para Naciones Unidas, Araya Desta, acusó a Estados Unidos de presionar para que se aprobaran las sanciones. Araya Desta dijo: “El Consejo de Seguridad ha decidido imponer sanciones a Eritrea basándose en mentiras elaboradas principalmente por el régimen de Etiopía y Estados Unidos, el gobierno de Estados Unidos. Como ya dije antes, el pueblo de Eritrea no ha hecho nada. Todas estas sanciones carecen de relevancia. Son completamente irrelevantes y sin evidencias concretas”.